Brasileiro (Boston, EUA), 1987 \ Vive e trabalha entre São Paulo, Brasil e Amsterdã, Holanda
As múltiplas proposições de Daniel de Paula intencionam refletir sobre a produção do espaço enquanto reprodução de dinâmicas de poder, revelando investigações sobre as estruturas políticas, sociais, econômicas, históricas e burocráticas que moldam relações e lugares. Através de uma postura que não se encarcera aos domínios da arte, sua prática deixa-se intersectar por noções da geografia humana e física, evidenciando seu interesse em compreender os sistemas ideológicos abstratos dominantes, como o capital, a propriedade, o trabalho e a produção de valor, escondidos no interior da fisicalidade que nos circunda.
Por meio de estratégias como negociações extensas com órgãos públicos e privados para a apropriação, deslocamento e recontextualização de objetos, além de interações com agentes constitutivos do espaço expositivo, seus procedimentos acabam por enfatizar a materialidade como uma linguagem a ser criticamente interpretada. Esta materialidade se torna uma chave de interpretação do mundo e dos vetores violentos sócio-políticos que conferem sentido às nossas vidas.
Em 2024, apresentou trabalhos comissionados para a Bienal de Lulea: “On the threshold of 1:1”, na Suécia, incluindo uma instalação permanente na cidade de Kiruna. Exposições individuais recentes incluem infreaestrurura, instituição, indivíduo, na Galeria Jaqueline Martins, São Paulo, Brasil (2023), inalienable, imprescriptible and unseizable, LABOR Gallery, Ciudade do México, México (2023); Repose, The Arts Club of Chicago, EUA (2022), veridical shadows, or the unfoldings of a deceptive physicality, Galeria Jaqueline Martins, Bruxelas, Bélgica (2021); and materiality becomes nothing but a mere representation of a structure of dominance, Lumen Travo Gallery, Amsterdã, Holanda (2020); the control of things over subjects is the control of subjects over themselves, Galeria Francesca Minini, Milão, Itália (2019); estrutura insuperável, Kunsthal Gent, Bélgica (2019); a forma condutora de fluxos dominantes, Galeria Jaqueline Martins, São Paulo, Brasil (2017); testemunho, Galeria Leme, São Paulo, Brasil (2015) e objetos de mobilidade, ações de permanência, White Cube Gallery, São Paulo, Brasil (2014).
Suas obras também foram inclusas em mostras institucionais recentes como On the threshold of 1:1, Bienal de Luleå, Suécia (2024) manifesto of fragility, 16 ª Bienal de Lyon, França (2022) Fear of Property, The Renaissance Society, Chicago, EUA (2022), Faz escuro mas eu canto, 34ª Bienal de São Paulo, Brasil (2021), Brasile. Il coltello nella carne, Padiglione d’Arte Contemporanea, Milão, Itália (2018), Matriz do Tempo Real, MAC, São Paulo, Brasil (2018); Avenida Paulista, MASP, São Paulo, Brasil (2017); Metrópole: Experiência Paulistana, Estação Pinacoteca, São Paulo, Brasil (2017); ARTE PARA TODOS! Liberação e Consumo, Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil (2016), Nós entre os Extremos, Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2015); Da próxima vez eu fazia tudo diferente, PIVÔ, São Paulo, Brasil (2012).
