São Paulo, Brasil, 1957
São Paulo, Brasil, 2013
Hudinilson Jr. foi um dos artistas brasileiros mais importantes de sua geração, não apenas por sua obra pessoal — produzida entre as décadas de 1970 e 2000 — mas também por seu papel ativo como uma personalidade catalisadora em grupos de artistas e exposições experimentais. A fotocópia — técnica que se tornou sua favorita ao longo dos anos, tanto por razões práticas quanto conceituais — começou a interessá-lo entre 1977 e 1978. Nesse período, o artista aprendeu a operar a máquina até o limite, explorando todas as possibilidades gráficas; ampliava detalhes, recortava-os e os ampliava novamente, distorcendo as imagens de seu corpo até que se tornassem puras texturas abstratas. Ele dizia que esse exercício significava perder-se para ver, um “exercício de me ver”, como viria a nomear muitas de suas séries.
Em 2025, a obra de Hudinilson Jr. é tema de quatro exposições individuais: Echoes in Xerox no Kunsthaus Biel, Suíça, com curadoria de Raphael Gygax; A urgência da intimidade, uma exposição em dupla com Charbel-joseph H. Boutros na Martins&Montero, em Bruxelas; um projeto solo na 15 Orient, Nova York, EUA; e Exercícios de me ver na KOW, Berlim, Alemanha. Também em 2025, sua obra está presente nas exposições coletivas Thriller: Think Common, Play Public, parte da Trienal de Ottignies-Louvain-la-Neuve na Bélgica, e Queering Resistance no Archivo Arké, Madri, Espanha.
Em 2023, Hudinilson Jr. foi homenageado com a grande exposição individual Hudinilson Jr.: Tension Zone no ICA Miami. Suas exposições individuais incluem apresentações na Pinacoteca do Estado de São Paulo; Centro Cultural São Paulo; MAC USP (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo); e Scrap Metal Gallery, Toronto. Nos últimos anos, sua obra também foi apresentada em importantes exposições coletivas como a 16ª Bienal de Lyon: Manifesto of Fragility; Every Moment Counts (Henie Onstad Kunstsenter, Høvikodden); Histórias da Sexualidade (MASP, São Paulo); Copyart no Brasil – 1970–1990 (Universidade de San Diego); The Matter of Photography in the Americas (Universidade de Stanford); United by AIDS (Migros Museum, Suíça); Glasgow International 2014; e a 31ª Bienal Internacional de São Paulo.
Sua obra hoje integra importantes coleções como o MoMA (Nova York, EUA), Cantor Center for Visual Arts (Universidade de Stanford, EUA), Museu Reina Sofia (Madri, Espanha), Migros Museum (Zurique, Suíça), MAGA Museo d’Arte (Gallarate, Itália), MALBA (Buenos Aires, Argentina), MASP (São Paulo, Brasil), Pinacoteca do Estado (São Paulo, Brasil), Museu de Arte Moderna (São Paulo, Brasil) e o Museu de Arte Contemporânea da USP (São Paulo, Brasil).
