Loreto Martínez Troncoso utiliza as palavras como veículos de transmissão, transpondo-as para investir-lhes novos significados e criar novas situações. Suas obras funcionam como palimpsestos, nos quais a intertextualidade é um instrumento de comunicação, manifestando-se através da presença física da artista ou por meio de dispositivos que atuam como mediadores do texto, monólogo, discurso ou conferência.
Além disso, Loreto emprega o espaço de forma puramente performática, criando uma atmosfera que transmite sua proximidade, de modo que o ambiente torna-se um ser vivo impregnado por suas intervenções. Em um tipo de transposição, o espaço físico transforma-se em uma recriação tridimensional de sua mente, com obras espalhadas pelo local como pensamentos que acabam de emergir.
Entre suas exposições mais recentes, destacam-se a individual no Museo Reina Sofía em 2021 e a mostra solo no CGAC, em Santiago de Compostela. Outras exposições incluem Estás aqui, Vinte anos e Artes Performativas em Serralves, Fundação Serralves, Porto, Portugal, 2019; Économie de la tension, Parc Saint Léger, Pougues-les-Eaux, França, 2016, com curadoria de Emile Ouroumov; Il frutto maturo e la terra indifferente, Museo Nivola, Orani, Sardenha, 2015, com curadoria de Lore Gablier; e Réparer à l’endroit de l’accroc le tissu du temps, La Tôlerie, Clermont-Ferrand, França, 2015, com curadoria de Marie Cantos.
Seu trabalho integra coleções permanentes de instituições como o Museo de Arte Centro Nacional Reina Sofía, Madri; Colección CNAP, Paris; Colección MUSAC, León; Colección CGAC; e Colección FRAC Aquitaine, França, entre outras.